Presidente da Frente Parlamentar de Combate à Corrupção, o deputado federal Paulo Rubem Santiago (PDT-PE) revelou hoje que discorda do veto efetuado pelo Presidente Lula ao artigo do projeto de lei complementar 88/2007, que regulamenta as centrais sindicais, aprovado pelo Congresso, que exigia a prestação das contas da contribuição obrigatória ao Tribunal de Contas da União. “Como presidente da Frente Parlamentar de Combate à Corrupção, quero expressar minha discordância com esse veto.
O presidente Lula deve ter sido mal assessorado para tomar essa decisão, que vai de encontro aos princípios de transparência que vêm sendo efetivados pelo Governo Federal, especialmente através da Controladoria Geral da União”, afirmou o pedetista em pronunciamento na Câmara dos Deputados, nesta quarta-feira.
Ele, que começou na política como liderança do movimento de professores em Pernambuco, considerou a diminuição da transparência, um “retrocesso para o movimento sindical no Brasil”.
Pois, “não se pode permitir a criação de novoso obstáculos para que órgãos que têm autonomia para fiscalizar a execução das verbas pelas centrais sindicais exerçam seu papel” Ele lembrou sua trajetória. “Ainda no período da Ditadura Militar, no final da Década de 70, me engajei na construção de um movimento sindical de professores combativo, classista de independência e de luta.
Foi por essa trajetória, que nós reconstruímos o movimento sindical defendendo a participação direta dos trabalhadores, a liberdade e autonomia dos sindicatos e suas entidades e acima de tudo defendendo a autonomia da representação sindical”, afirmou.
Paulo Rubem fez questão de registrar que votou contra a contribuição compulsória dos trabalhadores.