A Conspiração (1963) O documentário contextualiza, de forma sucinta, o primeiro governo de Miguel Arraes, iniciado em 1963.
A deposição de Goulart , o golpe de Pernambuco, o cerco ao palácio, a censura a imprensa, a posse de Paulo Guerra, a morte dos dois estudantes, a eleição de 1965 e os AI I e II.
O Golpe em Pernambuco (1964) Enfocamos o contexto em que se deu o golpe militar de 1964 no estado de Pernambuco, enfatizando os dias 31 de março e 1 e 2 de abril.
Abordamos a ação surpresa dos golpistas, antecipando-se ao movimento de Juiz de Fora (MG), prendendo cerca de mil líderes sindicais; o cerco, a deposição e a prisão de Miguel Arraes; os protestos contra o golpe e as tentativas de resistência ocorridas no interior (a exemplo das Ligas Camponesas, lideradas por Francisco Julião) e na capital (através dos movimentos sociais); e a prisão e morte de lideranças sindicais, em especial a prisão de Gregório Bezerra.
A Repressão (1964) Abordamos a violenta repressão contra os vencidos em Pernambuco, institucionalizada a partir do AI-1 que foi promulgado no dia 09 de abril, caracterizando um sentimento de vingança e uma tentativa de coibir qualquer resistência ao novo regime.
Trabalhamos os seguintes temas: a posse de Paulo Guerra como Governador de Pernambuco; a criação de grupos repressivos paramilitares e civis armados; e a perseguição, prisão, e tortura física e psicológica imposta aos trabalhadores do setor privado e aos funcionários públicos do estado, tidos como subversivos, e integrantes do Poder Judiciário e do Poder Legislativo identificados pelo regime como simpatizantes da “esquerda subversiva”.
A Consolidação do regime (1965 a 1967) Mostramos como os militares, a frente o marechal Castello Branco, consolidaram sua administração à frente do Poder Executivo a partir das eleições de 1965.
Abordamos como se deu a extinção dos partidos (AI-2); a suspensão das eleições diretas para governador e prefeitos que acabou com a esperança da CNBB – Conferência Nacional dos Bispos do Brasil e da OAB / PE - Ordem dos Advogados do Brasil, de que o poder pudesse ser devolvido aos civis; as conseqüências da criação do bipartidarismo, com foco no surgimento da Arena e do MDB; e a luta de Arraes para conseguir a liberdade, a sua partida para o exílio, e porque a sua libertação provocou um racha na cúpula militar.
A Resistência (1968 a 1973) Enfocamos o surgimento da guerrilha urbana em Pernambuco, a partir de 1968, provocando uma forte resistência ao regime.
Abordamos os movimentos estudantil e cultural; a formação de grupos de guerrilha por jovens idealistas de esquerda; a ascensão da facção “linha dura” militar ao poder (AI-5); a criação do DOI-Codi (Destacamento de Operações e Informações e Centro de Operações de Defesa Interna) para combater a guerrilha; e o período de terror que resultou em prisões, torturas, exílios e desaparecimento de opositores à ditadura.
Exibimos depoimentos de personagens que vivenciaram os fatos e de familiares de mortos ou desaparecidos, vítimas da violência.
A Distensão e a Anistia (1974 a 1979) Finalizamos o processo da distensão política iniciado em 1974, quando a facção “moderada” retomou o poder, bem como as circunstâncias em que foi decretada a Lei de Anistia, em 1978, reascendendo a esperança dos pernambucanos, e dos brasileiros, em geral, na redemocratização do país.
Mostramos a evolução eleitoral do MDB como único caminho de resistência institucional, com foco nas eleições de 1974 e 1978.
Abordamos, também como se deu o retorno ao país dos exilados como Miguel Arraes, Francisco Julião e Gregório Bezerra, propiciando que, em 1987, o ex-governador e as forças populares que o apoiaram, em 1964, fossem reconduzidos ao Palácio do Campo das Princesas.
Nesse sentido, trazemos depoimentos inéditos de personagens que vivenciaram todo o processo da ditadura em Pernambuco, inclusive com imagens de arquivo pessoal, revelando momentos raros e nunca vistos pelo grande público.