João Paulo decreta estado de alerta máximo no Recife Do JC OnLine Com informações de Inês Calado O prefeito do Recife, João Paulo, decretou estado de alerta máximo na cidade devido às fortes chuvas registradas nos últimos dias.
A medida foi anunciada na tarde desta segunda-feira (31).
O decreto será publicado no Diário Oficial desta terça (1º).
Devido ao estado de alerta máximo, os servidores da prefeitura, em greve desde o último dia 24, serão obrigados a retornar ao trabalho a partir de amanhã.
O secretário de Planejamento, João da Costa, não estava presente, mas a assessora executiva da pasta, Paula Mendonça, explicou que a decretação levou em conta o volume pluviométrico acumulado de janeiro a março, que já chegou a 489,9 milímetros.
Da 0h às 9h desta segunda, foram registrados 108,4 milítremos, o que significa 41,3% do total de chuva esperado para o mês.
De acordo com a Coordenadoria de Defesa Civil do Recife (Codecir), 52 famílias já foram retiradas de suas casas das 7h às 12h desta segunda.
Até o fim do dia, mais vinte famílias deverão ser deslocadas.
No total, são cerca de 170 pessoas, que ficarão abrigadas na Escola Paulo VI, na Linha do Tiro, Zona Norte da cidade.
Só hoje foram realizadas 218 vistorias, 58 atendimentos, 266 pedidos de lonas plásticas e 40 pontos de alagamento identificados.
Do domingo para esta segunda, foram registrados 56 deslizamentos.
O mais grave aconteceu hoje, quando uma barreira caiu sobre uma casa, causando a morte de uma criança de 10 anos na comunidade de Lagoa Encantada, no bairro do Ibura, Zona Sul.
Segundo a coordenadora da Codecir, Nina Macário, a casa havia sido condenada pelo órgão e o proprietário do imóvel alertado do risco de desabamento. “Ele já não estava lá, mas a casa foi cedida para outra família, que se mudou para o local há menos de um mês”, lamentou.
O último óbito registrado pela Codecir devido às chuvas aconteceu em 2006.
No Recife, 470 mil famílias moram em áreas de risco.
Três mil pontos são considerados de alto risco.