Por Inaldo Sampaio Da coluna Pinga-Fogo, no JC BATE-PAPO COM O GOVERNADOR Ontem, em conversa informal com jornalistas no Palácio do Campo das Princesas, o governador Eduardo Campos avaliou que o presidente Lula vive hoje o melhor momento do seu governo.
No primeiro mandato, disse, o presidente enfrentou muitas dificuldades devido à situação econômica herdada do governo anterior: pressão inflacionária, crise de liquidez, etc.
E, sem muita margem de manobra para negociar e sem um programa de governo para executar, restou-lhe aumentar o superávit primário para honrar compromissos internos e externos e tocar algumas reformas para não deixar o país parar.
Hoje, acrescentou, não se fala mais em dívida externa nem em FMI, que alimentaram o discurso das próprias esquerdas durante mais de duas décadas, a economia está crescendo e o desemprego caindo, e o governo sabe o que quer e onde quer chegar através do PAC (Plano de Aceleração do Crescimento).
Seria então a ministra Dilma a candidata “in pectore” do presidente à sua sucessão? - perguntou um dos jornalistas.
Não necessariamente, respondeu Eduardo Campos, que convive com Lula há muitos anos e sabe exatamente o que ela pensa.
A seu ver, o presidente quer ganhar a eleição mas não vai definir agora o candidato.
Estimula Dilma Rousseff por um lado, incentiva o ministro Tarso Genro por outro, manda recado indireto para Aécio Neves, infla o balão do deputado Ciro Gomes, etc.
Assim vai tocando o barco com a barriga, a fim de chegar ao ano da eleição (2010) como o maior eleitor do país.