O bom momento da economia brasileira fez a avaliação do governo federal atingir seu melhor desempenho desde a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em janeiro de 2003, de acordo com a pesquisa CNI/Ibope divulgada hoje pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), em Brasília.
O índice de ótimo e bom do governo foi a 58% dos entrevistados na atual pesquisa, ante 51% na anterior, de dezembro de 2007.
Desde a posse de Lula, somente em dezembro de 2006 a avaliação positiva do governo chegou a patamar semelhante, 57%.
O governo recebeu avaliação regular de 30% dos 2.002 eleitores entrevistados.
Outros 11% avaliaram o governo como péssimo ou ruim e 1% não soube responder ou não opinou.
A diferença entre o ótimo e bom e o ruim e péssimo atingiu, na atual edição da pesquisa, os 47 pontos percentuais, também a maior desde janeiro de 2003. “Pode-se afirmar que esse resultado expressa, neste momento, o desempenho da economia, como mostram os indicadores de avaliação do governo no campo econômico e a expectativa da população em relação ao futuro”, avalia a pesquisa. “O impacto da economia no conjunto das avaliações do governo fica ainda mais nítido quando são observados os itens da agenda econômica”, continua o texto da pesquisa.
Em todos os itens econômicos registrou-se crescimento da aprovação.
Quando perguntados sobre o combate à inflação, 51% disseram aprovar a estratégia do governo, ante 44% em dezembro de 2007.
Em relação aos impostos, 35% disseram aprovar, ante 26% na pesquisa anterior.
Quanto à taxa de juros, 39% dos entrevistados aprovaram, ante 32% em dezembro passado.
A melhor avaliação foi quanto ao combate ao desemprego, em que 55% dos entrevistados disseram aprovar, ante 47% na última sondagem.
A aprovação ao governo também teve recuperação na atual sondagem.
Ela subiu de 65% em dezembro passado para 73% neste mês. É o segundo maior índice de aprovação desde março de 2003, quando fora de 75%.
Outro indicador da pesquisa CNI/Ibope que foi recorde nesta edição é a nota média para o governo Lula.
Ela ficou em 7,1, numa escala de zero a 10.
A melhor nota até então tinha sido o 7 recebido em dezembro de 2006.
A confiança ao presidente Lula se recuperou neste mês, ao alcançar 68%, igual a dezembro de 2006.
Nesse intervalo, a confiança havia caído para em torno de 60%.