Pelo entusiasmo de Lula em relação ao Banco Azteca, que inaugura sua primeira agência no País, na tarde desta quinta (27), em Olinda, pode-se concluir que o presidente quer que a instituição sirva de parâmetro para o sistema bancário brasileiro no sentido de reduzir custos de serviços e taxas de juros cobradas à população. “Estou desafiando os bancos brasileiros (privados) e os públicos”, disse o presidente, que falou no início da tarde no Fórum Brasil-México, em Boa Viagem.

Ele reclamou que as instituições bancárias do País ostentam sua força com estruturas caras.

Segundo Lula, no Banco Azteca, voltado a clientes de baixa renda, a estrutura é mais barata e as tarifas acabam sendo reduzidas.

Lula contou que quem o apresentou ao empresário Ricardo Salinas, dono do Azteca, foi o ex-ministro de governos militares e ex-deputado federal por São Paulo, Antônio Delfim Netto.

Salinas queria entrar no Brasil, mas esbarrava nos gabinetes da máquina estatal, de acordo com o presidente. “O que aconteceu é que o pedido entrou na escada rolante da burocracia e ficou três anos parado”, disse Lula.

O presidente revelou que foi sua a idéia de que o Azteca instalasse sua primeira agência no País na favela da Rocinha, no Rio de Janeiro, para servir de exemplo às demais instituições financeiras.

Mas disse ter ficado positivamente surpreso ao saber que a primeira seria em Pernambuco.

Nesta quinta, Salinas anunciou que vai atender o pedido do presidente e a agência da Rocinha será inaugurada em quatro ou cinco meses (ver post anterior).

Lula e comitiva já seguiram para o Imip, nos Coelhos, onde será inaugurado um ambulatório na unidade.

Mais em instantes.