O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, parece não admitir mesmo que os jornalistas questionem sobre o que há de concreto em relação ao acordo entre PDVSA e Petrobras para a construção da refinaria Abreu e Lima.
Na coletiva que concedeu agora há pouco no Palácio do Campo das Princesas, ao lado do presidente Lula, disse que faltam apenas detalhes para o acordo definitivo.
Um jornalista perguntou a Lula sobre prazos para o estabelecimento do estatuto social da empresa que deverá gerir a refinaria, formada por capital da Petrobras (60%) e PDVSA (40%).
Lula começou a explicar que, como a entrada em operação da refinaria está marcada para 2010, há ainda muito tempo para se elaborar o estatuto.
Foi aparteado por Chávez que, em tom irônico, convidou o jornalista a participar de um seminário em Caracas, capital venezuelana, sobre “terrotrismo midiático”.
Mais cedo (veja post anterior), em seu pronunciamento de abertura da coletiva, tinha chamado de “quinta-colunistas” os que questionam se o acordo é mesmo para valer.
O problema é que fontes ligadas ao Governo do Estado e à Petrobras informaram nessa quarta (26) que, para fechar um acordo definitivo, a PDVSA reivindica acesso ao mercado de distribuição de combustíveis do Brasil com a abertura de 500 postos no Nordeste.
Daqui a pouco tem mais.