Da editoria de Política do JC O promotor de Fundações e Entidades de Interesse Social, Ulisses Sá, reúne-se nesta terça (25) com os advogados da Fundação Apolônio Salles de Desenvolvimento Educacional (Fadurpe) para tirar dúvidas dos representantes da entidade relativas ao inquérito civil instaurado em 13 de março pelo Ministério Público de Pernambuco (MPPE).

O objetivo é investigar a movimentação financeira da fundação nos últimos cinco anos.

A Fadurpe é vinculada à Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE).

O encontro estava programado para ocorrer na semana passada, mas foi adiado a pedido da fundação.

O MPPE decidiu realizar o “pente-fino” nas contas da Fadurpe depois que a Promotoria de Fundações rejeitou a sua contabilidade de 2006.

O promotor concluiu que a prestação “não pode ser considerada formalmente correta” porque há indícios de irregularidades no patrimônio.

A documentação evidencia o desvirtuamento da atuação da entidade criada para receber verbas públicas com o objetivo de firmar acordos de cooperação técnica e científica com a Rural.

Mas de braço auxiliar da UFRPE, passou a prestadora de serviços.

Os principais erros formais apontados pelo MPPE são a doação de recursos a empresas privadas com fins lucrativos e a pessoas físicas, a subcontratação de empresas e a fragilidade do controle patrimonial.

Em 2006, a Fadurpe teria recebido R$ 1,5 milhão.

Deste montante, R$ 149,5 mil foram utilizados para doações.