O presidente Luiz Inácio Lula da Silva negou nesta segunda-feira (24) que a liberação de recursos para obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) tenha cunho eleitoreiro.
A declaração foi dada no programa semanal de rádio “Café com o Presidente”, um dia após a divulgação de reportagem da “Folha de S.Paulo”, de que o governo driblou o veto da lei eleitoral a repasses para novas obras nos três meses que antecedem a escolha dos prefeitos para listar, por decreto, quase 1.800 ações do PAC em mais de 1.000 municípios. “Ora, é no mínimo uma coisa que me deixa indignado.
Ou seja, o governo não está disputando nenhuma eleição.
Não tem eleição para presidente da república e não tem eleição para governador.
O programa é um programa que o governo federal anunciou com dois anos de antecedência e esse dinheiro agora está gerando aquilo que nós queríamos que ele gerasse: emprego e melhoria na vida das pessoas.
E nós, quando vamos a uma cidade, eu não quero saber se o prefeito é candidato a reeleição, se o prefeito é do PFL, se o prefeito é do PT ou do PSDB”, afirmou o presidente Lula, em seu programa de rádio.
Lula disse ainda que continuará, nesta semana, a percorrer cidades que receberão as verbas do PAC, e que irá até o limite do permitido pela legislação eleitoral para promover a destinação de recursos, estimados em R$ 40 bilhões, para financiar obras de saneamento e infra-estrutura básicos, habitação e saúde, entre outras. “Nós vamos continuar viajando o Brasil porque acho que é imprescindível que o povo tenha estes investimentos começando a produzir os efeitos agora.
Nós sabemos que a partir de junho nós não podemos mais fazer convênio, mas os convênios que já foram feitos antes de junho, eles terão que ser executados porque é um absurdo imaginar que as prefeituras têm que parar”, afirmou Lula.
Do UOL