Deve acontecer já na primeira quinzena de abril, no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o julgamento do processo em que a direção nacional do PT pede de volta o mandato do deputado federal Paulo Rubem (PDT).

A fase de alegações finais foi concluída esta semana com um parecer do vice-procurador geral da Procuradoria Geral Eleitoral (Ministério Público), Francisco Xavier Pinheiro Filho, desfavorável ao deputado.

Na opinião de Pinheiro Filho, a desfiliação de Paulo Rubem se deu “para satisfazer interesse pessoal, apenas com o propósito de procurar uma nova legenda para concorrer ao cargo de prefeito do município de Jaboatão dos Guararapes (PE), nas eleições de 2008”.

Mas Paulo Rubem disse não ter se abalado com a manifestação do vice-procurador. “Parecer é só um parecer, não é uma decisão”, afirmou em entrevista ao Blog. “A avaliação que fiz com os advogados é que ele foi, inclusive, supericial.

Parece até que sequer chegou a ler os autos”.

Paulo Rubem explicou que está tranqüilo sobre a manutenção do mandato.

Para ele, enquanto a defesa que apresentou ao TSE foi acompanhada de farta documentação e testemunhos importantes como o do governador Eduardo Campos, o PT, por sua vez, não incluiu provas consistentes sobre a tese de infidelidade partidária.

As duas únicas testemunhas contrárias a Paulo Rubem no processo foram o deputado federal e ex-líder da bancada petista na Câmara, Luís Sérgio (RJ), e o presidente da legenda em Pernambuco, Jorge Perez.

De acordo com Paulo Rubem, Luís Sérgio foi indicado pela direção nacional do PT na antevéspera do testemunho.

Antes disso, já teria se declarado contra a devolução do mandato.

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Mais em instantes.