O deputado federal Paulo Rubem (PDT-PE) fez nesta quinta (20), ao Blog, uma revelação que promete incendiar o que resta de sua relação com seu ex-partido - o PT, gerando reflexos na campanha pela prefeitura de Jaboatão.
Ele disse ter anexado a sua defesa no processo que corre contra ele no TSE por infidelidade partidária, provas de que um funcionário lotado no gabinete do deputado estadual André Campos (PT), de nome Hamílton, teria sido o responsável por cerca de 400 filiações suspeitas feitas em agosto do ano passado via diretório do município.
Na verdade, segundo Paulo Rubem, o diretório teria impugnado as filiações, mas André Campos recorreu à direção estadual do partido, que acabou legitimando as fichas.
Enquanto a direção nacional do PT requereu de volta o mandato de Paulo Rubem justificando que ele trocou a legenda pelo PDT unicamente para poder disputar a prefeitura de Jaboatão, o deputado relaciona o episódio das filiações como mais uma prova de que ele teria sofrido perseguições dentro da sigla. “Quando no ano passado pedi que o partido estabelecesse um prazo para a definição do candidato em Jaboatão, esperava também que a legenda dissesse em que condições se daria a disputa”, contou. “Em vez disso, o partido (a direção estadual) legitimou 400 fichas de filiação que contaminaram o colégio eleitoral no município”, bateu.
Paulo Rubem e André Campos disputavam a indicação do PT para a sucessão do prefeito Newton Carneiro.
Com a saíde de Paulo Rubem para o PDT, André Campos está praticamente confirmado pela legenda.
Já o presidente estadual do PT, Jorge Perez, foi testemunha de acusação no processo movido pela sigla contra o pedetista.
O deputado também anexou à sua defesa no TSE a prestação de contas de sua candidatura a prefeito de Jaboatão, pelo PT, em 2004, para mostrar que não recebeu ajuda financeira do partido.
Pelo contrário.
Ele acusa a legenda de ter contribuído com a campanha de um candidato de outra sigla.
Procurado pelo Blog, André Campos ainda não retornou as ligações.
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