O presidente Luiz Inácio Lula da Silva classificou nesta quinta-feira (20) de “cretinice verbal” as críticas que recebe sobre o suposto uso eleitoral do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) pelo governo federal.

Para o presidente, se isso fosse verdade, não teria sentido fazer convênios com adversários. “De vez em quando falam que para mim: o governo utiliza o PAC eleitoralmente.

Isso é de uma cretinice verbal que não tem lógica.

Se fosse verdade porque haveria eu de fazer convênios com governador de São Paulo [José Serra, do PSDB] de R$ 8 bilhões, com o Rio Grande do Sul, Paraíba e Minas Gerais [também administrados pelo PSDB] que são meus adversários. [Além de convênio] de R$ 1,1 bilhão com a Prefeitura de São Paulo [administrada pelo DEM].

Não é possível”, afirmou Lula, em Foz do Iguaçu (PR).

Em entrevista após assinatura de contratos do PAC, o presidente ressaltou que daqui a 15 dias vai visitar vários Estados, inclusive São Paulo e Rio Grande do Sul, para anunciar obras do PAC, pois não leva em consideração o partido do prefeito ou do governador.

O que importa, segundo Lula, é a necessidade do Estado ou da cidade. “Quando vou numa cidade que o prefeito não é do PT, obviamente algumas pessoas do PT podem ficar de biquinho: \porque o presidente vai subir no palanque de outro candidato?\ Não estou subindo com candidato, estou com quem de direito, naquele momento, representa o município”, afirmou.