Do site do Senado Os presidentes do Conselho Superior e do Conselho Fiscal da Fundação de Empreendimentos Científicos e Tecnológicos (Finatec), da Universidade de Brasília (UnB), respectivamente Antônio Manoel Dias Henrique e Nelson Martin, deverão prestar esclarecimentos, em audiência pública a ser realizada pela Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática (CCT), sobre o uso irregular de recursos destinados à pesquisa.

Requerimento do senador Romeu Tuma (PTB-SP) nesse sentido foi aprovado nesta quarta-feira (19) pelo colegiado.

Antônio Manoel e Nelson Martin estão afastados dos cargos por determinação da Justiça do Distrito Federal, devido a denúncias de envolvimento de ambos em atuação irregular da Finatec.

Entre as irregularidades, apontadas pelo Ministério Público do Distrito Federal e Territórios, estão os gastos de R$ 470 mil para mobiliar o apartamento funcional então ocupado pelo reitor da UnB, Timothy Mulholland.

No debate da matéria na CCT, Tuma alertou para as dificuldades enfrentadas por diversas entidades que realizam atividades científicas no país e para a gravidade das denúncias envolvendo a Finatec - É chocante vermos dinheiro que deveria ter sido investido na pesquisa e na ciência ter sido usado para mobiliar apartamento.

Proponho que se chame os responsáveis para explicar os motivos do desvio no uso dos recursos -, explicou o senador.

Em apoio a Tuma, o senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG) lembrou que as verbas destinadas à pesquisa no país estão muito aquém das necessidades. - O Brasil está muito atrasado na pesquisa, basicamente por falta de dinheiro, não é por falta de pesquisadores competentes.

Se o pouco dinheiro disponível tem uma utilização duvidosa, devemos buscar os esclarecimentos necessários - frisou Azeredo.

No mesmo sentido, Augusto Botelho (PT-RR) informou que o país tem perdido posições no ranking de registros de patentes. - Temos que usar os recursos da pesquisa na pesquisa, para fortalecer o desenvolvimento do país - afirmou o senador por Roraima.

PS: Discutir a decoração do apartamento do reitor é perfumaria.

A CPI deveria estar levantando que contratos foram assinados e com quem.

Os beneficiários destas dispensas de licitação fajutas é que mostrarão se a farra era útil a partidos políticos ou não, simplesmente uma maneira de professores das universidade federais ficaram ricos com a profissão.