Do G1 O ex-secretário geral do PT Silvio Pereira ainda não se apresentou na Subprefeitura do Butantã, na Zona Oeste de São Paulo, para começar a prestar serviços comunitários, segundo informou a assessoria do órgão.

O trabalho faz parte do acordo que ele firmou com a Procuradoria Geral da República, para ter suspenso o processo por formação de quadrilha no caso do mensalão.

Na sexta-feira (14), a juíza Silvia Maria Rocha, da 2º Vara Criminal de São Paulo, deu um prazo de 48 horas para que o ex-secretário do PT iniciasse o serviço, mas, segundo informações da assessoria do órgão, Pereira ainda não foi intimado sobre a decisão e, por isso, o prazo ainda não começou a correr.

O advogado Gustavo Badaró, que representa o ex-secretário do PT, disse ao G1 que não tinha sido notificado oficialmente da decisão da Justiça e que iria ao fórum nesta segunda-feira (17) para ver o processo.

Na quarta (12), o ex-secretário do PT foi até a Subprefeitura do Butantã para começar a prestar o serviço, mas voltou para casa.

O trabalho previsto pela subprefeitura é o monitoramento de serviços como poda de árvore e de construção de guias e sarjetas.

Segundo o advogado de Pereira, Gustavo Badaró, o ex-secretário do PT, que é formado em sociologia, quer trabalhar em alguma atividade social.

Para o procurador da República Rodrigo de Grandis, autor da manifestação, se o réu não iniciar imediatamente o cumprimento da acordo judicial, o benefício da suspensão do processo pode ser revogado.

Segundo o procurador, ao réu não cabe escolher a prestação de serviço. “A prestação que foi disponibilizada pela Subprefeitura do Butantã não é demeritória ou indigna, sendo compatível com a sua condição”, escreveu o procurador no documento, de acordo com a assessoria do MPF-SP. “Silvio é o primeiro que quer começar a cumprir logo [o acordo], logo que a prefeitura atribua a ele alguma prestação de serviço social.

Ele já foi mais de uma vez à prefeitura e falaram para ele que vão ver, que estão estudando o serviço e que é para ele voltar outro dia.

Como é que ele pode começar?”, questiona Badaró.

De acordo com o advogado de Pereira, não houve nenhuma contraproposta da subprefeitura passada para o seu cliente oficialmente. “Não estamos falando que cabe a ele [Silvio Pereira] escolher a prestação de serviço adequada.

Mas prestação de serviço à comunidade não é serviço burocrático de prefeitura.

Se eles só tiverem isso para oferecer, nós vamos fazer um pedido à juíza para que seja atribuída uma prestação de serviço social.

Ele não é engenheiro para vistoriar se obras estão de acordo”, disse.