Por Giovanni Sandes Especial para o Blog Pernambuco não quebra contratos.
Todos os discursos durante a assinatura do contrato da venda do imóvel conhecido como Casa do Governador, em Porto de Galinhas, para o grupo português Teixeira Duarte (TD Hotels), enfatizaram a disposição do governo em honrar a licitação vencida pelo TD Hotels em junho de 2006.
O grupo ainda não havia assinado os papéis para desembolsar R$ 36 milhões pelo terreno de 70 hectares e tomar posse do imóvel onde vai investir R$ 620 milhões e gerar 3 mil empregos diretos.
O temor dos portugueses era não ver o resultado da licitação validado.
O projeto de implantação data de 2001.
Foram duas licitações.
O resultado da vitória foi homologado no Diário Oficial em outubro de 2006.
Desde então, o projeto ficou de molho.
A quebra do contrato chegou a ser cogitada pelo governo, mas não foi encampada devido à marca negativa que deixaria no Estado, frente aos investidores europeus.
Durante todo o ano passado até janeiro deste ano, várias reuniões ocorreram, em Pernambuco e Portugal.
Segundo o procurador-geral do Estado, Tadeu Alencar, o governo queria imprimir sua marca democrática e garantir acesso da comunidade ao projeto, que ganhou um cinturão verde. “A densidade construtiva foi reduzida em 48%, o que significa que a área para construir baixou de mais de 700 mil metros quadrados para 320 mil metros quadrados”, explica.
Em uma das laterais do terreno, a largura da faixa verde chega a 100 metros, “o equivalente à largura da Avenida Agamenom Magalhães”, ilustra Tadeu Alencar. “Estamos honrando os contratos”, destacou o governador Eduardo Campos.
A cerimônia de assinatura ocorreu no gabinete do governador.
Discursaram, no mesmo sentido, o prefeito de Ipojuca, Pedro Serafim, o secretário de Turismo, Sílvio Costa Filho, e o procurador-geral do Estado, Tadeu Alencar.