David Mamet foi um esquerdista clinicamente morto até o dia em que se pegou imprecando contra a rádio pública americana.
Ele se deu conta de que suas antigas idéias políticas já não refletiam a realidade: do preconceito contra as grandes empresas – cujos produtos ele consumia – ao ódio pelos militares – que arriscavam a vida para protegê-lo de um mundo hostil.
Ele passou a questionar o papel do governo, rejeitando o intervencionismo estatal, um dos mitos inabdicáveis dos esquerdistas clinicamente mortos: “Mas, se o governo não intervém, como é que nós, meros seres humanos, vamos fazer?
Eu li e refleti, e me ocorreu que eu conhecia a resposta, que é a seguinte: parece que nós simplesmente sabemos”.
Para demonstrar isso, David Mamet fez um paralelo com o teatro: “Tire o diretor de uma peça teatral e o que acontece?
Em geral, menos conflitos, um período mais curto de ensaios e um resultado melhor”.
O teorema de David Mamet pode ser aplicado a todas as esferas da política.
Dilma Rousseff está tentando cacifar sua candidatura presidencial graças ao PAC.
Tire Dilma Rousseff do PAC e o que acontece?
Menos conflitos, um período mais curto de obras e um resultado melhor.