O presidente nacional do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), e o líder do partido no Senado, Arthur Virgílio (AM), disseram nesta sexta (14), no Recife, que o presidente Lula voltou a investir pesado na possibilidade de um terceiro mandato.
E classificaram como balões de ensaio as eventuais candidaturas dos ministros Dilma Roussef (Casa Civil) e Patrus Ananias (Desenvolvimento Social e Combate à Fome). “É desrespeitando o Judiciário e o Congresso que eles querem chegar a um golpe disfarçado, que seria o terceiro mandato”, disparou Sérgio Guerra.
Ele chegou a comparar o enfrentamento contra o governo Lula à luta em favor da democracia durante o regime militar. “Esses ensaios para mais um mandato tiveram intensidade no passado.
Mas quando caiu a CPMF (no final de 2007), esperávamos que se instalasse um novo padrão de relacionamento entre o governo e a oposição, o que não aconteceu”, analisou Guerra.
DILMA Já Arthur Virgílio afirmou não ter dúvidas de que está em marcha um movimento autoritário no País. “Estamos enfrentando a sanha de um governo que afronta o Judiciário e o Legilativo”, bateu.
Para o líder tucano no Senado, o governo Lula estaria entrando numa rota de desespero diante da falta de alternativas para substituir o presidente.
Daí ter adotado, desde o início do ano, segundo Virgílio, um discurso de agressão aos demais Poderes. “Tem um alemão que, antes dele (de Lula) tentou fazer isso (destruir os demais Poderes do Estado), mas não deu certo”, disse Arthur Virgílio, elevando o tom das críticas.
E não parou por aí.
Sobre a eventual candidatura da ministra da Casa Civil Dilma Roussef, Virgílio foi enfático: “Ela não tem o menor cacoete para disputar uma eleição.
Trata mal as pessoas, não tem o fisic de role (perfil) para ser candidata.
O candidato de Lula é Lula”, avaliou. “O presidente não acredita na maturidade da democracia barsileira.
Mas vai tomar uma lição dessa democracia (nas eleições de outubro)”, afirmou.