Diante da marcha lenta das CPIs no Congresso, o presidente nacional do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), está montando uma estrutura em seu gabinete para avançar nas investigações por conta própria.
Com prioridade para as denúncias envolvendo as ONGs. “O governo quer negar às oposições o direito de investigar”, disse Guerra nesta sexta (14), no Recife, pouco depois do ato que formalizou o apoio dos tucanos à candidatura de Raul Henry à prefeitura. “O pouco que conseguimos caminhar é por conta da pressão da opinião pública”, disse, justificando a iniciativa de aprofundar as investigações independentemente do que acontece nas CPIs.
Já a senadora Marisa Serrano, presidente da CPI mista (Câmara e Senado) dos Cartões Corporativos, disse também no Recife que os trabalhos estão apenas começando. “Não fico lá se não for para investigar”, afirmou.
No seu entender, o governador de São Paulo, José Serra (PSDB) - cujo governo também se viu envolvido em denúncias sobre o uso de cartões corporativos - não deverá ser chamado para a CPI no Congresso porque o regimento não permite.
Segundo ela, eventuais investigações sobre o governo paulista cabem à Assembléia Legislativa do Estado.