O deputado federal Paulo Rubem (PDT-PE) fez pronunciamento na tribuna da Câmara dos Deputados, nesta quinta-feira, para agradecer a presença das testemunhas que ontem compareceram para lhe defender no TSE e tornar pública sua indignação com o testemunho do ex-líder do PT na Câmara dos Deputados, Luiz Sergio (RJ). “O depoimento dele demonstrou a montagem de uma situação para justificar o meu afastamento da relatoria da Lei de Diretrizes Orçamentárias 2008”, garantiu o deputado.

Os advogados do pedetista, no processo de cassação de mandato impetrado pelo PT, incluíram entre os motivos para sua saída o fato de ter sido nomeado formalmente em março de 2007 pelo seu ex-partido para a função na Comissão Mista de Orçamento e no mês seguinte ter sido destituído sem nenhuma explicação dos motivos.

Luiz Sergio, ontem, afirmou que Paulo Rubem teria participado de reunião para discutir sua destituição.

O parlamentar, na verdade, foi avisado depois da decisão tomada de forma informal e sem que o partido tenha até o momento do depoimento do ex-líder, lhe apresentado os motivos pelos quais perdeu o cargo. “Luiz Sergio mentiu descaradamente.

Faltou com a verdade sobre a minha destituição (da relatoria da Lei de Diretrizes Orçamentárias).

Meu respeito com ele acabou depois de ontem”, indignou-se Paulo Rubem. .“Minha destituição viabilizou a criação desse Anexo de Metas, que não seria discutido com a sociedade.

Estranhamente, o Luiz Sérgio disse no depoimento que não sabia na época que o PT havia perdido arelatoria…

Levei mais de dois dias para saber o real motivo da minha saída”, afirmou Rubem, lembrando a pressão de alguns partidos do bloco que estavam de olho na relatoria.

Paulo Rubem tem dito, desde o ano passado, que só foi avisado informalmente da destituição pelo deputado Walter Pinheiro.

O deputado aproveitou para agradecer às testemunhas que lhe defenderam no TSE. “Quero agradecer especialmente ao deputado Fernando Ferro, meu amigo e companheiro de fundação do PT, que esteve no Tribunal por duas vezes, e ao governador Eduardo Campos que, com muita firmeza, falou das divergências que tive com meu ex-partido enquanto éramos colegas na Câmara dos Deputados e lembrou o fato de eu não ter tido apoio nas eleições de 2004.

Em Jaboatão, fomos tratados pelo PT nem com pão, nem com água”, afirmou o pedetista.

Ele também agradeceu ao deputado Miro Teixeira, ao senador Cristovam Buarque e a todos os pedetistas que tem lhe apoiado no processo de cassação impetrado pelo PDT.