Acabou agora há pouco a palestra do cineasta e comentarista global Arnaldo Jabor, no Centro de Convenções.

Falou por cerca de duas horas, disse obrigado e saiu de cena.

Algumas pessoas reclamaram que poderia haver discussão com a platéia.

Não rolou.

Jabor poupou Lula, a olhos vistos.

No entanto, Jabor pareceu bastante otimista com o atual cenário, não o econômico, que não é sua especialidade.

A principal mensagem foi a seguinte: o nosso problema continua sendo a herança ibérica. “Esqueçam a luta de classes, esqueçam o imperialismo.

Os nossos problemas não são esses.

O que nos impede de avançar são doenças como clientelismo, paternalismo, o elogio ao fracasso, a corrupção e a burocracia”, enumerou. “Infelizmente, entre nós, o sujeito honesto não faz sucesso nem na própria casa.

A própria mulher diz: você não é honesto não! É burro!

Você é melhor do que os outros?”, exemplificou. “Todas as nossas contam tem que ser superfaturadas.

Para eles, a sociedade não tem valor.

Nós temos que trabalhar para sustentá-los, a velha Coroa”.

O auditório estava bastante lotado.

Postos cerca de 2 mil ingressos à venda, cerca de 1,5 mil foram vendidos.

Inteira a R$ 80,00 e meia a R$ 40.

De tarde, o jornalista ainda fez uma apresentação fechada para convidados da Rede Globo, em Boa Viagem.