Quando falou das perspectivas de um novo país, Jabor disse que a escolha entre o atraso e a modernização passa pela negação da utopia. “A utopia pode te levar à loucura e a ilusão.
A reforma do possível é algo mais prático e ao nosso alcance”, comparou, sugerindo que reclama de Lula que não avance nas reformas, como a trabalhista, da educação.
Chegou a elogiar a proposta de reforma tributária. “Parece que é boa”. “A estabilidade econômica, a responsabilidade fiscal são exemplos de que a saída não é romper com tudo- tipo socialismo ou morte”.
Neste ponto, Jabor revelou que era amigo de FHC e distanciou-se do tom crítico. “O governo dele tem coisas criticáveis”, limitou-se a dizer.
Sentado atrás de um birô, em pleno teatro Guararapes, o cineasta reclamou que FHC sofreu uma campanha terrível, depois de assumir o poder, justamente por apresentar idéias novas e romper com a velha esquerda, com os velhos conceitos de progresso. “É o povo da USP.
Eles têm um tumor inoperável na cabeça, chamado Marx.
Não perdoam que FHC faça uma crítica sociológica do socialismo” O PT, por exemplo, chegou a ir ao STF contra o Real.
Temos que lembrar isto.
O PT também foi contra o Fundef, ao lado de Maluf.
Hoje, estão fazendo”.
Em linhas gerais, Jabor deu o seu recado: se não ceder ao populismo, o Brasil tem um grande futuro pela frente.