Desde o dia 26 de fevereiro deste ano, o Ministério Público do Estado abriu um Procedimento de Investigação Preliminar em torno da Emprel, a empresa de informática do município.
A estatal é administrada hoje por Eduardo Vital, ex-secretário de Finanças de João Paulo.
De acordo com denúncia protocolada no órgão, on-line, possivelmente feita por empresas concorrentes ou funcionários da própria estatal, o que está em jogo é a compra de serviços a uma empresa denominada Soma Informatica Ltda, cuja sociedade seria formada por um funcionário da emprel José Henrique de Oliveira Prado e sua esposa, Flávia Maria Borba Prado.
Apenas o sócio José Henrique é funcionário efetivo da Emprel. “O funcionário não está liberado de sua funções na Emprel e, no entanto, o mesmo ausenta-se diariamente das suas atividades para administrar sua própria empresa (na Madalena)”, assegura a denúncia.
O valor é irrisório, de apenas R$ 70 mil, sendo a maior parte fornecida à Secretaria de Planejamento, de João da Costa, mas o que parece estar em questão não é o total em sí, mas a garantia de isonomia de oportunidade a todos os licitantes, comforme garante a tão pisoteada Lei de Licitações.
A investigação está a cabo da Promotoria de Justiça e Defesa do Patrimônio Público, depois de distribuída para o promotor Charles Hamilton.
A denúncia tem como base a prestação de contas da própria PCR (por meio do sistema Sofin).
As informações foram retiradas do site da PCR e podem ser checadas online.
Procurada pelo Blog de Jamildo, a Emprel não prestou qualquer esclarecimento, um mês depois de aberta a investigação.
A Assessoria da PCR enviou uma resposta por meio de nota: “A Prefeitura do Recife está tomando todas as medidas necessárias para à apuração dos fatos citados pelo Ministério Público e irá responder, como sempre fez, no tempo estabelecido pelo MP”.