Do site do Sintepe Na próxima sexta-feira, dia 14, os trabalhadores em educação de todo o país vão paralisar suas atividades por 24 horas.
Trata-se da Greve Nacional pelo Piso.
Em Pernambuco, estão previstas atividades durante todo o dia. Às 9h, haverá uma reunião com professores e funcionários do Programação de Graduação em Pedagogia, (Progrape), suspenso desde o início deste ano, no auditório do Sintepe, em Santo Amaro.
Também acontecerá bandeiraço e panfletagem, às 13h, na Avenida Conde da Boa Vista, em frente à Fafire, e às 14h, se inicia um debate sobre os eixos da greve nacional (profissionalização, Piso Salarial Profissional Nacional e carreira).
O objetivo da ação é pressionar os parlamentares a votarem o projeto de lei que cria o Piso Salarial Nacional (PSPN) para os professores do magistério.
O PSPN é um projeto de lei, previsto no Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb), que prevê a criação de um salário-base em comum para os educadores em todo o Brasil, corrigindo as discrepâncias salariais entre municípios e estados do país. Os recursos para tal, seriam compartilhados entre estados e municípios, além do Governo Federal (através do Fundeb).
O PL está em tramitação na Câmara dos Deputados desde o ano passado e precisa ser aprovado por duas comissões, antes de ir à Plenário.
No entanto, o presidente Lula, em janeiro, sinalizou a possibilidade de criar o Piso através de uma medida provisória, caso o projeto não seja votado até maio.
Participarão do debate sobre os eixos da paralisação, Teresa Leitão, presidente da Comissão de Educação da Alepe, e José Batista, professor e diretor do Centro de Educação da UFPE.
A Greve Nacional é organizada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) e suas filiadas.
Pior salário do Brasil é de Pernambuco Levantamento do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP) comprovou o que os trabalhadores em educação do Estado já denunciavam: Pernambuco paga aos seus profissionais o pior salário do Brasil.
A pesquisa se baseava na média de salários pagos nas redes municipais e estadual.
Neste cálculo, o Estado se posicionou em último lugar com R$ 831.
Uma realidade bem diferente de Sergipe, terceira colocada no ranking, com média salarial de R$ 2.012 e do Distrito Federal, R$ 3.371.
A média salarial também se distancia da realidade dos professores e administrativos que atuam na rede estadual de ensino.
Em início de carreira, um auxiliar de serviços administrativos recebe salário-base de R$ 184,93, um assistente administrativo, R$ 241,08, e um professor com formação em magistério, R$ 266,04.
Se o docente tiver licenciatura plena, o salário-base é de R$ 364,06.