A expansão de 5,4% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em 2007 coloca o Brasil em um novo patamar de crescimento.

A avaliação foi feita hoje pelo presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Armando Monteiro Neto, ao comentar os números sobre o desempenho da economia divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). “Foi um ano positivo, que tem de ser festejado”, afirmou Monteiro Neto.

Ele lembrou que, com a taxa robusta de 5,4% em 2007, a economia brasileira conseguiu romper um longo ciclo em que a média de crescimento ficou em 2%. “O que se deseja agora é que esse novo patamar de 5% seja sustentável”, destacou Monteiro Neto.

Segundo ele, os indicadores do PIB em 2007 são favoráveis à manutenção do crescimento. “O consumo das famílias aumentou bastante e os investimentos tiveram incremento de 13,4%.” Segundo o presidente da CNI, o grande desafio do país agora é a definição de uma agenda para o futuro, que garanta a manutenção do ritmo acelerado de crescimento. “Precisamos retomar as reformas estruturais, especialmente a tributária.

Precisamos seguir uma agenda que propicie a melhoria do ambiente de negócios, que, entre outros pontos, promova a desburocratização e defina instrumentos de política industrial que estimulem os investimentos.” O presidente da CNI observou ainda que a expansão de 4,9% da indústria em 2007 foi inferior ao ritmo médio da economia.

Isso ocorreu porque o setor está perdendo mercado para os produtos estrangeiros, cujos preços vêm caindo com a constante desvalorização do dólar frente ao real.

Para Monteiro Neto, o Brasil poderá repetir neste ano o desempenho de 2007. “Os indicadores do primeiro bimestre apontam para um ritmo de crescimento forte em 2008”, disse.