O novo presidente da Eletrobras, José Antônio Muniz lopes, disse ao Blog de Jamildo que continua defendendo a polêmica proposta de que os lucros da Chesf sejam reinvestidos na região e não devolvidos ao Tesouro Nacional, para o pagamento de juros. “As empresas coligadas, as empresas controladas (como a Chesf) precisam funcionar como agentes do desenvolvimento regional, sempre respeitando o direito dos acionistas.
Eu pude fazer isto na Amazônia (quando dirigiu a Eletronorte).
No tempo da Chesf, não pude, mas vamos buscar outros caminhos.
Temos que reinvestir no Nordeste os seus lucros.
Ano a ano, veja o volume de investimentos que a Chesf faz e o volume de remessas que remete para o tesouro.
São recursos que são retirados do Nordeste”, critica.
Muniz lopes deu poucas pistas. “Vamos atuar como participantes, incentivando.
Sempre que a iniciativa privada puder, ela vai fazer”, diz.
Lopes chega a citar o Piauí, mas não dá detalhes. “Tenho que trabalhar muito e não falar muito, para não matarem as nossas idéias”, explica.
O que ele adianta é que esta terça-feira será um dia importante, pois estará sendo votada a MP 396, justamente para aprovar a flexibilização para uso dos recursos da Eletrobras. “Primeiro vamos modificar a lei, depois vamos operacionalizar.
Vamos lutar no sentido de que se possa contribuir com o combate às desigualdades regionais”, afirma.
PS: o novo presidente da Eletrobras terá oportunidade de falar pessoalmente no Recife sobre essas idéias.
No próximo dia 17 de março, a Chesf completa 60 anos e Muniz Lopes já avisou que vai comparecer à festa.
Volta por cima da carne seca, como se diz no Nordeste.