Da revista Época O Ministério Público convoca dirigentes do partido e da empresa para esclarecimentos sobre os contratos com a Finatec.
Surgem novos indícios de irregularidades Na quarta-feira, o consultor Luís Antônio Lima, o secretário nacional de Finanças do PT, Paulo Ferreira, e o assessor especial do Ministério da Justiça, Vicente Trevas, são esperados na sede do Ministério Público do Distrito Federal.
Os três foram convocados para explicar a relação de prefeituras e governos do PT com as empresas Intercorp Consultoria Empresarial Ltda. e Camarero & Camarero, pertencentes a Luís Lima e sua mulher, Flávia Camarero.
De 2001 a 2005, as duas empresas receberam pelos menos R$ 22 milhões de administrações comandadas pelo PT, como o governo do Piauí e as Prefeituras do Recife, de Vitória e São Paulo (esta, durante a gestão da atual ministra do Turismo, Marta Suplicy), pela venda de métodos “estratégicos” de gestão.
Paulo Ferreira e Vicente Trevas são apontados como supostos padrinhos políticos de Luís Lima, cujos negócios com as administrações petistas são pontuados por uma coincidência: em quase todos eles, investigações do Ministério Público, de tribunais de contas e de corregedorias internas apontam irregularidades nos próprios contratos ou em sua execução.
Todos os contratos foram firmados entre governos ou empresas públicas e a Fundação de Empreendimentos Científicos e Tecnológicos (Finatec), ligada à Universidade de Brasília (UnB).