\Se a Folha parar, vamos rever entrada de ações, diz Paulinho Do Comunique-se Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, deputado federal (PDT-SP) e líder da Força Sindical, disse nesta sexta-feira (07/03) que, caso a Folha de S.Paulo reveja a sua postura em “esculhambar” a Força Sindical, pode deixar de entrar com ações contra o jornal. “Se a Folha parar, vamos rever a entrada de ações”, afirmou Paulinho, em entrevista ao Comunique-se.

O líder da Força protesta contra uma série de reportagens da Folha que denunciam a central sindical.

Uma delas, “Ministério do Trabalho lidera convênios irregulares, diz CGU”, de quarta (05/03), da Folha, mostra dados da Controladoria Geral da União, nos quais o ministro do Trabalho, Carlos Lupi (PDT), teria privilegiado ONGs ligadas ao partido – entre elas aparecem as relacionadas à Força Sindical, à CUT e à Associação Nacional dos Sindicatos Social Democratas.

Paulinho havia dito que entraria com 20 ações contra a Folha e O Globo.

Uma reunião, marcada para a próxima segunda, dia 10/03, com advogados da Força Sindical, definirá os detalhes.

A tendência agora, no entanto, é que as ações contra O Globo não existam mais.

Contra a Folha, serão também reavaliadas. “Universal ensinou” Segundo o presidente da Força Sindical, as ações movidas pela Igreja Universal e por fiéis contra a Folha impulsionaram a idéia. “A Universal ensinou como a população brasileira deve agir contra a imprensa que não dá direito de resposta”, afirmou.

De acordo com Paulinho, o espaço dado para a resposta da Força nem sempre é o mesmo do espaço reservado pela reportagem.

Se entrar com alguma ação, o líder da Força adianta que serão da Força nacional e das 27 estaduais contra a Folha, e não ações individuais, como no caso da Universal.

Paulinho afirma que os trabalhadores sindicalizados estão na mesma situação dos fiéis da Universal. “Daqui a pouco, o sindicalizado que andar na rua com a camiseta da Força será chamado de ladrão”, disse.

Lei de Imprensa O líder da Força não vê qualquer contradição entre o PDT, partido do qual faz parte, entrar com o pedido de revogação da Lei de Imprensa no Supremo Tribunal Federal e entrar com as ações. “Não é preciso uma maior rigidez contra a imprensa, mas vamos dar um basta aos abusos”, argumentou.