Da Agência Brasil A ministra Dilma Rousseff, da Casa Civil, disse nesta sexta (7) que teme comprometimento no andamento das obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) se o Orçamento Geral da União não for aprovado logo pelo Congresso Nacional.

Ela afirmou que as verbas para as obras podem ser liberadas por meio de medidas provisórias (MPs). “O PAC, se a gente não abrir o orçamento, vai ser bastante comprometido”, afirmou. “Então o governo está fazendo o maior esforço para compatibilizar duas coisas: a necessidade de resultados concretos de obras de que o país precisa, e para isso precisa abrir orçamento, e ao mesmo tempo o respeito aos processos no Congresso.” Ela avaliou que o processo está “cada vez mais difícil, mais estreito”. “Se ele não for aprovado, podemos mandar medidas provisórias.

Nós acreditamos que, semana que vem, é o momento decisivo para a gente avaliar o que fazer.

Porque não é possível que obras da importância dessas da Rocinha, do Complexo de Manguinhos, e mesmo de todas as outras que estão ocorrendo, sejam paralisadas porque o orçamento não é aprovado.” A área técnica do governo redigiu uma MP abrindo um crédito extraordinário de R$ 2,3 bilhões para as obras do PAC, para o caso de o Congresso não aprovar o projeto de lei do orçamento na próxima semana.

Nestes dois primeiros meses de 2008, o governo vem usando recursos a partir de cerca de R$ 4 bilhões que estavam empenhados e inscritos em restos a pagar no orçamento do PAC do ano passado.

Dilma Rousseff participou no Rio, ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do lançamento das obras do programa para o Complexo do Alemão, a Favela de Manguinhos e a Favela da Rocinha, e foi chamada pelo presidente lula de “mãe do PAC”.

Ela disse ter muito orgulho de ser chamada assim e criticou aqueles que classificam o conjunto de ações como obra eleitoreira. “Nós estamos vendo que o PAC não é uma obra de marketing”, comentou. “É um esforço de coordenação real do governo do presidente Lula.

Essa questão de que uma obra é eleitoreira, em uma democracia, é uma questão ridícula e mal intencionada.

Nós, para fazermos essa obra, levamos o ano de 2007 planejando, articulando.

Então, quem coloca o problema de obra eleitoreira é quem tem medo de um governo que está fazendo todo o seu esforço para dar condições de vida para sua população.”