O cartório de ofício de Mirandiba guarda, desde 03 de novembro de 2004, logo após as eleições municipais, um acordo no mínimo estranho.
Cinco vereadores locais assinaram um termo de compromisso em que acertam previamente a eleição dos cargos para a mesa diretora e, máxima vergonha, a divisão da gratificação da representação de presidente entre os signatários.
Os vereadores podem dividir o próprio salário com quem quizer, mas fazer a divisão da verba de representação, com recibo oficial, parece ser imoral, uma vergonha.
No mínimo, confirma que os presidente estão recebendo mais do que deveriam iou não deveriam estar recebendo tal representação.
Oficialmente, trata-se de uma verba que seria paga para fazer face à despesas do exercício da presidência.
Uma espécie de verba indenizatória.
Pelo acordo, a vereadora Maria das Dores Xavier (eleita pela coligação PPS/PC do B) foi a candidata à presidência da mesa diretora da Câmara Municipal, no biênio 2005/2006.
Uma vez eleita, ela compromete-se a dividir a gratificação entre o grupo.
No item 3 do acordo, ficou definido uma inversão de papéis.
Agora no biênio 2007/2008, desde 2004, ficou acertado no acordo que o presidente seria o vereador Cícero Manoel da Siva, apresentado como ‘vulgo’ Cícero Cirilo.
De acordo com dados do TSE, Cirilo elegeu-se pela coligação PDT/PT.
No mesmo acordo, os cargos de provimento em comissão constantes do quadro de pessoal da Câmara Municipal de Mirandiba seriam distribuídos para indicação aos vereadores.
Precavidos, os vereadores colocaram uma cláusula prevendo um rateio em caso de problemas com o TCE. “Havendo devolução de valores pecuniários recebidos a maior resultante da gratificação de representação do presidente, imputado pelo TCE, será de igual forma a dita devolução rateada entre os signatários do presente termo”.