O Blog de Jamildo conversou com um experiente produtor cultural do Estado, sobre as contratações da Fade pelo poder público.
Sob a condição de anonimato, para não sofrer represálias políticas, o produtor, que já teve acesso à Fade, aceitou explicar o que ocorre no terreno híbrido que se tornou o mundo acadêmico.
Biombo A PCR não pode apresentar o Carnaval na lei de incentivos fiscais federais.
Sem ter um local para receber o dinheiro, ela recorre à essas instituições, que se apresentam como proponentes do projeto.
Acabam concorrendo com os produtores, que apresentam projetos de cara limpa para captações.
Quem não tem duas caras dança.
São distorções antigas e que permanecem.
Como funciona Como é uma ONG, a Fade pode ser dispensada de licitação.
Ela entra como proponente.
A PCR faz o contato político com uma Eletrobras da vida, que faz o repasse a Fade.
A Fade faz os pagamentos conforme a orientação da prefeitura, que é quem organiza e capta na prática.
Remuneração A fade fica com 10% a título de despesa administrativa.
Depois de pegar a grana, faz a prestação de contas.
Erro da instituição No começo, a fundação era para fortalecer o desenvolvimento científico e tecnológico, só que acabou desvirtuando.
Aproveitam uma brecha na lei para dizer que projeto cultural é extensão.
As prefeituras e os governos, assim, acabam concorrendo com os produtores culturais, aproveitando-se de uma distorção.