Da Agência Estado O promotor de Justiça do Ministério Público do Distrito Federal Ricardo Antônio de Souza pediu hoje a quebra de sigilo bancário e fiscal do presidente do Conselho Superior da Fundação de Empreendimentos Científicos e Tecnológicos (Finatec), Antônio Manoel Dias Henrique, durante seu depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das ONGs, no Senado.

Souza questionou os critérios de administradores públicos ao escolher, sem licitação, a Finatec, ligada à Universidade de Brasília (UnB), para prestar serviços. “O mérito da investigação é descobrir quem prospectava a Finatec e quem ganhava com isso no final da linha”, disse. “Sem dúvida, a quebra de sigilo é importantíssima para descobrir quem está sendo favorecido por esses contratos”.

O promotor questionou o porquê de prefeitos do Nordeste, Sul e Norte do País recorrerem a uma fundação de Brasília. “Será que não há lá fundações competentes para tal?” A CPI das ONGs convocou para a audiência o reitor da UnB, Timothy Mulholland, e o presidente da Finatec, Dias Henrique, que informou, em documento encaminhado ao Senado, que precisaria acompanhar a irmã em uma cirurgia fora de Brasília e que não compareceria à CPI.