O Ministério Público revelou hoje no Senado que encontrou irregularidades não somente na Finatec, mas também nas outras quatro fundações de apoio ligadas à UnB.
Entre as principais falhas, estão: desenvolvimento de atividades empresariais no âmbito dessas fundações; remuneração indireta e irregular de docentes contratados com dedicação exclusiva; utilização das fundações para burlar o princípio da legislação; subcontratação de empresas para executar serviços que deveriam ser prestados pelas fundações e aplicação de recursos em atividades estranhas às de pesquisa e extensão universitária. - Todas essas irregularidades foram apuradas de forma exaustiva pelo Ministério Público - afirmou Gladaniel.
O promotor de justiça Ricardo Antônio de Souza explicou também à CPI que o Ministério Público está fiscalizando as fundações de apoio para que elas não utilizem mais mecanismos ilegais em detrimento dos interesses das entidades públicas às quais representam.
Em relação à subcontratação de empresas privadas pelas fundações, o promotor acentuou: - Não há que se falar em subcontratação.
Ela onera os cofres públicos e também o contribuinte, que acaba pagando pelo menos mais dezesseis por cento para que um serviço seja executado - enfatizou Ricardo Antônio.
Já o senador Sibá Machado (PT-AC) pediu ao promotor que declinasse o nome de outras fundações - e não somente a Finatec - supostamente envolvidas em malversação de dinheiro público.
Em resposta, o promotor informou que não poderia atender a solicitação, em virtudede os processos estarem “em andamento no Ministério Público”.
Sibá estranhou a recusa, observando que, o certo, seria a divulgação dos nomes de todas as fundações, e não somente o da Finatec.