O governador Eduardo Campos anuncia hoje à tarde, no Palácio do Governo, que fechou as negociações com o grupo português Teixeira Duarte Hotéis para o projeto da casa do governador, em Porto de Galinhas.
Apesar de ter vencido uma licitação internacional, no governo passado, o grupo correu o risco de ver o negócio anulado, por pressões dos empresário de Porto de Galinhas.
O ex-secretário de Turismo, José Chaves, chegou a dar entrevistas reverberando esse receio, mas foi prontamente desmentido, no mesmo dia, pelo próprio governador.
O grupo esperava o desfecho com grande preocupação.
Estava mesmo preparado a colocar a boca no trombone, caso a licitação fosse melada.
A repercussão, de certo, seria negativa.
O grupo pretende implantar um empreendimento de R$ 250 milhões no local.
Em outubro do ano passado, o próprio governador admitiu que travou as negociações, alegando questões ambientais como exemplo.
Eduardo explicou que existiam exigências técnicas, inclusive sobre a preservação do meio ambiente, que ainda não haviam sido consideradas.
E não adiantaria, segundo ele, selar um acordo agora que, mais adiante, pode ser contestado pelo Ministério Público ou algum órgão de controle ambiental MELHOR DO NORDESTE A Casa do Governador é o antigo imóvel de vereneio dos chefes do Executivo em Pernambuco.
Na área de 70 hectares, o grupo TD Hotels pretende construir um complexo turístico de R$ 250 milhões, incluindo dois hotéis com mil apartamentos, um centro comercial, um centro de convenções e, em uma segunda etapa, um projeto imobiliário.
A previsão é gerar três mil empregos diretos.
Pelo cronograma original, a obra deveria ter sido iniciada em agosto do ano passado.
Mas os vários interesses envolvidos na área e a disposição do atual governo de rever o projeto, acabaram paralisando o emprerendimento.
O edital da concorrência pública para a implantação do complexo turístico levou cinco anos para ficar pronto.
E ficou disponível na internet.
Os estudos foram iniciados em 2001 e, em 2006, depois de uma primeira licitação, frustrada, um novo processo teve como vencedor o grupo português – o resultado foi anunciado no dia 2 de junho passado.
Mas a homologação demorou quatro meses para ocorrer e assinatura do contrato de venda, que selaria o processo, simplesmente não aconteceu.
Populismo esparramando pelo chão No meio da polêmica, até o intrépido Nen Batatinha, presidente da Câmara dos Vereadores de Ipojuca, tentou fazer média com os pobres eleitores de Ipojuca declarando-se contrário ao projeto.
Na época, alegou que estava posicionando-se contra a obra porque a empresa TD Hotels não dava garantia de contratar gente local e levantava ainda suspeição com problemas ambientais.
Na verdade, deu apenas recibo de desinformado.
O JC, ainda em 02 de junho do ano passado, informormava que, dos 110 hectares que compunham originalmente o terreno, apenas 70 hectares foram licitados, por razões ambientais.
No entanto, o edital de licitação ainda determina a preservação de outros 7 hectares.
Naquela data o JC revelava que a Casa do Governador, em Porto de Galinhas, foi, enfim, vendida pelo governo do Estado.
Imóvel daria lugar a um grande complexo de hotéis Mais recentemente, em março, em torno dos 3 mil empregos, o próprio grupo anunciou que montará uma escola, na cidade, para capacitar os empregados.
Pode ser que Nen Batatinha tenha alguma informação que desabone o grupo estrangeiro, para não acreditar no anúncio.
Seria legítimo e útil que a divulgasse publicamente.
Nós desconhecemos.