Por João da Costa Congestionamentos, poluição sonora e ambiental, tempo perdido em demasia para o deslocamento de pessoas e bens e a crescente dificuldade de acessibilidade para os portadores de algum tipo de deficiência são desafios a serem vencidos para que se garanta uma política de mobilidade urbana sustentável e de acesso universal para todos.

Em qualquer grande cidade, a exemplo do Recife, os pedestres, ciclistas, usuários de transporte coletivo, taxistas e os motoristas de transporte de cargas têm que enfrentar com muita paciência as barreiras cotidianas para se deslocarem no complexo espaço urbano das metrópoles brasileiras.

Mas a situação dos desempregados e portadores de deficiência é ainda pior.

Sem recursos, milhares de pessoas deslocam-se pelas cidades a pé; e outros milhares, mesmo com recursos, não acessam os meios de transporte pela dificuldade do acesso interpostas a eles.

A construção de uma política de mobilidade urbana de acesso universal e sustentável do ponto de vista ambiental é condição fundamental para a qualidade de vida de seus habitantes e para a inserção de qualquer cidade na dinâmica econômica brasileira ou global.

Aqui no Recife essa condição é imprescindível.

Com a consolidação de Suape como porto industrial e o salto no PIB metropolitano, temos que criar as condições de mobilidade adequadas para que a nossa cidade esteja estruturada para cumprir o seu papel de pólo de serviços moderno no novo momento econômico vivido por Pernambuco .

Foi com essa visão estratégica que as duas gestões, comandadas pelo prefeito João Paulo, vêm enfrentando o desafio da mobilidade e acessibilidade no Recife.

A municipalização do trânsito do Recife, com a criação da CTTU, a realização das conferências e a Constituição do Conselho Municipal de Trânsito foram o ponto de partida para um conjunto de iniciativas que vêm estruturando uma nova política de mobilidade em nossa cidade.

A criação da Comissão de Acessibilidade e a aprovação de uma política de acessibilidade no Recife também foram um marco fundamental na construção de ações e na regulação de iniciativas que vem se materializando numa nova postura do poder público municipal diante das necessidades dos portadores de deficiência.

A retirada do transporte clandestino, a inversão do trânsito em Boa Viagem, a nova sinalização semafórica e de orientação implantada nas principais vias de nossa cidade, a instalação de câmaras e de redutores de velocidade e a presença exclusiva de agentes de trânsito da guarda municipal garantiram um maior fluidez e segurança em nosso trânsito.

Ao lado das ações regulatórias e informativas implantamos um conjunto de obras viárias fundamentais para o presente e o futuro da nossa cidade.

Na zona oeste ( eixo Caxangá ) requalificamos a avenida e fizemos a paralela da Caxangá, o canal do Cavouco e suas marginais, trechos da terceira perimetral, terminal de transportes coletivos e corredor leste-oeste, primeiro corredor de transporte coletivo da cidade ligando a Caxangá à Avenida Guararapes.

Na zona sul, estamos concluindo a primeira etapa da Via Mangue e iniciando a segunda; a construção da avenida arquiteto Luís Nunes na Imbiribeira; alargamento da av.

Herculano Bandeira com suas passarelas de pedestre ( em execução ); e a construção de uma ciclovia de 8 km na avenida Boa Viagem.

Na zona norte, avançamos com a beira rio na Capunga, na Torre e em Santana; iniciamos a requalificação da av.

Norte e iniciaremos o binário de Casa Forte ( Encanamento -17 de Agosto).

No centro, estamos concluindo a requalificação da av.

Conde da Boa Vista; alargamos a rua dom Bosco; construímos a ponte Gregório Bezerra e vamos iniciar a duplicação do viaduto capitão Temudo.

Ao lado destas intervenções implantamos uma política de estruturação de ciclofaixas e ciclovias, inédita em nossa cidade.

Av.

Boa Viagem, av.

Norte, rua da Aurora, av. do Forte, av. general San Martin, rua 21 de Abril, canal do Cavouco são corredores de trânsito que já beneficiam os ciclistas.

Com recursos financiados pelo projeto Capibaribe Melhor ou em elaboração de projetos estão a conclusão da terceira perimetral ( Torre- Casa Forte) , a construção da ponte da quarta semi-perimetral ( Iputinga - Monteiro ) e um novo viaduto sobre a av.

Agamenon Magalhães na altura do Parque Amorim, além de mais de duzentos quilômetros de ruas pavimentadas em todos os bairros do Recife, através do Orçamento Participativo.

Para o futuro, propusemos através do Plano diretor estruturar a cidade em zonas de eixos principais e secundários, onde serão estruturadas as zonas de desenvolvimento econômico ( ZEDES ) de eixo principal e secundário, articulando assim o desenvolvimento econômico da cidade com o sistema de mobilidade urbana. É garantindo e melhorando a acessibilidade e mobilidade de todos que vamos continuar a grande obra de cuidar das pessoas.

PS: João da Costa é Secretário de Planejamento Participativo do Recife e Deputado Estadual licenciado - PT.