Trecho da reportagem da Época Na semana passada, ÉPOCA identificou uma nova porta de acesso de Luís Lima (o consultor por trás da Finatec) às prefeituras do PT. É o Instituto de Organização Racional do Trabalho (Idort), uma entidade paulista com mais de 76 anos de existência.

O relacionamento de Luís Lima com o Idort é igual ao que ele tinha com a Finatec.

O Idort foi contratado em 2002 pelo prefeito de Jacareí, São Paulo, Marco Aurélio de Souza, do PT, por mais de R$ 1,2 milhão para fazer uma “reforma administrativa” no município.

Oficialmente, era o Idort que prestava o serviço, mas na prática quem tocava o projeto era Eduardo Grin, um alto funcionário da Intercorp e então braço direito de Luís Lima.

A Prefeitura de Jacareí divulgou nota que confirmava ser Grin realmente o comandante do projeto, mas como consultor do Idort.

Eduardo Grin disse a ÉPOCA que nunca trabalhou para o Idort e na ocasião era funcionário de carteira assinada da Intercorp.

O presidente do Idort aumenta ainda mais a confusão.

Diz que nunca trabalhou com Grin ou com a Intercorp.

Só admite que conhece Luís Lima e Eduardo Grin de encontros em uma universidade.

Nem todas as investidas de Luís Lima sobre o PT deram resultado.

Em 2004, depois da reunião de Barcelona, ele ofereceu seus serviços à Prefeitura de Belo Horizonte, e foi rejeitado.

Segundo um assessor do prefeito petista Fernando Pimentel, a proposta foi considerada cara e inútil.

Prefeitos e governadores de vários partidos têm recorrido a um programa de modernização criado pelo Movimento Brasil Competitivo (MBC).

Mantido por grandes empresas privadas, o MBC oferece soluções para aumentar receitas e reduzir despesas.

Os governos de Pernambuco (PSB), Minas Gerais (PSDB), Sergipe (PT), São Paulo (PSDB) e a Prefeitura de Porto Alegre (PPS), entre outros, já trabalham com esse programa.

Além de eficaz, sai de graça.