Em sua coluna publicada neste domingo (2), no Jornal do Commercio, o jornalista Cláudio Humberto diz que “o reitor da Universidade Federal de Pernambuco, Amaro Lins, foi multado pelo Tribunal de Contas da União em 2007 por irregularidades na Fundação de Apoio da UFPE, Fade, enrolada na CPI das ONGs”.
As acusações contra a atuação da Fade começaram a pipocar ainda no ano passado.
E agora, com o estouro do caso Finatec e suas relações com administrações petistas, a fundação ligada à UFPE voltou à cena.
Em matéria publicada neste sábado (1), no JC, o reitor afirma que a Fade é útil à UFPE, embora reconheça que o ideal seria usar o corpo funcional da UFPE para realizar as atividades desenvolvidas pela fundação.
Segundo Lins, os reitores de universidades federais, reunidos no final de 2007, foram “praticamente unânimes” em defender a utilidade das fundações de apoio. “Há casos de urgência que se as federais não fizerem um convênio com as fundações, perdem a verba pública”, assegurou Lins. “Temos que usar a verba antes do final de cada ano.
Há situações que recebemos a verba depois do Natal e precisamos abrir concorrência até 31 de dezembro.
Não dá tempo.
Se a gente não fizer a compra pela Fade, temos que devolver um dinheiro que podemos não tê-lo mais”, justificou.
E assim foram R$ 60 milhões repassados à Fade nos últimos anos, segundo dados reunidos pelo Ministério Público de Pernambuco, que investiga a ação da entidade. É com base na apuração do MPPE que os representantes da fundação deverão ser chamados a depor na CPI das ONGs, no Congresso.