Em meio à crise provocada pela troca de farpas entre o presidente Lula e o ministro Marco Aurélio Mello, do TSE, por conta da criação do Programa Territórios da Cidadania (que seria eleitoreiro, segundo a oposição), o governo acaba de ganhar um atestado de idoneidade para seu principal carro-chefe na área social: o Bolsa-Família.
Josias de Souza informa em seu blog que um relatório de auditoria concluído pelo Tribunal de Contas da União (TCU), em junho do ano passado, indica que não houve uso eleitoreiro do programa por parte do governo.
Três auditores do TCU foram destacados para vasculhar os desembolsos e o destino dos recursos, de 2004 a 2006.
E concluíram que, em 2006, a legislação eleitoral foi respeitada, com o governo concentrando a maior parte dos desembolsos na primeira metade do ano.
Mais: os repasses não teriam discriminado prefeituras administradas pelo PSDB ou DEM, partidos de oposição.
E todas as metas previstas na origem do programa, em 2003, foram atingidas em 2006.
O relatório tem 40 páginas.
A auditoria foi pedida pelo ministro do TCU Ubiratan Aguiar em 19 de setembro de 2006, um mês antes da última eleição presidencial.