Da editoria de Cidades do JC A Polícia Federal notificou 23 empresas de segurança privada clandestinas ontem (quinta, 28), durante a Operação Varredura desenvolvida em oito cidades de Pernambuco.
Para a ação, foram mobilizados 100 agentes e delegados de oito Estados brasileiros.
Em quatro das empresas clandestinas, policiais militares eram donos ou atuavam como funcionários.
Duas armas e três coletes à prova de balas sem registro foram apreendidos.
Os proprietários das firmas notificadas têm dez dias para apresentarem suas justificativas.
Caso não o façam terão que fechar as portas.
De acordo com o delegado de Segurança Privada da Polícia Federal, Álvaro Lago, os policiais federais encontrados nas quatro empresas foram identificados e terão seus nomes informados à Secretaria de Defesa Social. “Elas podem continuar funcionando normalmente nesse período, mas após os dez dias, a empresa que não apresentar a documentação provando que é regular vai ser encerrada”, explicou o delegado Álvaro Lago.
Uma das empresas, localizada no bairro do Torreão, Zona Norte do Recife, funcionava em um prédio residencial.
Em Afogados, Zona Oeste, e São José da Coroa Grande, no Litoral Sul do Estado, foram encontradas as duas armas apreendidas.
A operação seguiu os moldes das grandes ações realizadas pela Polícia Federal.
Cada uma das 31 equipes recebeu apenas os dados de seu alvo.
Todas as fiscalizações ocorreram nas primeiras horas da manhã.
A partir do meio-dia, as equipes começaram a retornar à sede da Polícia Federal no Bairro do Recife.
Por volta das 17h, a assessoria de comunicação divulgou o balanço da operação e apresentou os coletes à prova de bala recolhidos.
Toda empresa de segurança precisa ser registrada na Polícia Federal.
Os funcionários devem passar por um treinamento.
As firmas que oferecem o serviço de vigilância armada enfrentam uma burocracia criteriosa para obter a licença de funcionamento.
O armamento e os coletes à prova de balas têm que ser registrados.