Nesta sexta, Marco Aurélio voltou a criticar duramente a ampliação de programas sociais, o que, segundo ele, pode provocar “desequilíbrio na disputa eleitoral”. “O que eu disse, repito: no ano eleitoral não podemos ter incremento, alargamento de programas sociais.
Está em bom português na Lei 9.504 [Lei das Eleições, de 1997].
Em direito, o meio justifica o fim, mas não o fim o meio.
O programa pode ser elogiável, mas tem época em que não deve ser implantado”, afirmou. “As regras jurídicas não são de fachada.
Paga-se um preço por se viver em uma democracia.
O preço é módico, é o respeito ao que está estabelecido.
Se você implanta programa em ano de eleições, provoca um desequilíbrio na disputa eleitoral, favorece um segmento a partir da máquina administrativa em detrimento de outro.”, complementou. É preciso perguntar a quem falou essa sandice se ele quer ser ministro da Suprema Corte ou político, Lula, na quinta-feira, em discurso em Aracaju Ele não precisa ficar assustado imaginando que há essa pretensão [de candidatura].
Que ele se tranqüilize.
Também não o imagino ocupando a cadeira judicial, Marco Aurélio Mello, nesta sexta (29) O ministro disse que as críticas foram feitas por Lula na base do improviso. “O presidente falou, sabemos como ele fala, considerado o improviso, em ambiente quase eleitoral.
Foi um arroubo de retórica.
Não levo às últimas conseqüências o que ele disse.
Julgador Marco Aurélio declarou nesta sexta que não tem qualquer pretensão política. “Sou juiz 24 horas por dia.
Ocupo uma das 11 cadeiras do STF e isso me honra muito.
Sou um homem realizado como julgador, exercendo essa missão com independência”, declarou o ministro.
Na véspera, Lula falou, sem citar nomes, que “é preciso perguntar a quem falou essa sandice se ele quer ser ministro da Suprema Corte ou político”. “Ele [o presidente Lula] não precisa ficar assustado imaginando que há essa pretensão [de se candidatar].
Que ele se tranqüilize.
Também não o imagino ocupando a cadeira judicial”, ironizou.