Do mesmo modo que o pré-candidato do PDT, André Luís de Farias (Alf), o postulante do PTB à Prefeitura de Olinda, Arlindo Siqueira, comemorou o encontro que tiveram nesta sexta (29) como o surgimento da Aliança Trabalhista para enfrentar o candidato da prefeita Luciana Santos (PCdoB).

Mas como nenhum dos dois abre mão de suas candidaturas, o projeto deve ficar mesmo para o segundo turno.

Enquanto Alf aponta pesquisas internas do PDT para reforçar sua melhor condição como possível cabeça de chapa (leia aqui), Arlindo aponta como trunfos as costuras políticas já realizadas em torno da candidatura do PTB. “O PDT de Alf está sozinho, o PR de Manoel Sátiro está sozinho, o PT está sozinho.

Hoje o PTB é o que está mais estruturado para o pleito com o apoio de outros quatro partidos (PHS, PTdoB, PSL e PP) e uma chapa proporcional com 154 pré-candidatos a vereador”, avaliou Arlindo. “Não tem a menor possibilidade de retirarmos a nossa candidatura”, disse.

De todo modo, se PTB e PDT conseguirem caminhar juntos ainda no primeiro turno, Arlindo acredita que o acerto se dará, no máximo até 15 de maio.

E neste momento, o que deve prevalecer para a indicação de uma eventual chapa única não devem ser apenas os números das pesquisas eleitorais.

Mas tudo o que o pré-candidato tiver conseguido agregar em termos de chapa proporcional, apoio de lideranças políticas e de setores da sociedade. “Se dependesse de pesquisa, Eduardo Campos não seria o governador do Estado hoje”, lembrou.

Por falar em Eduardo, Arlindo não acredita que o governador entre em bola dividida, em Olinda, no primeiro turno, onde situação e oposições compõem sua base de apoio.

O petebista garante, no entanto, que manterá sua candidatura, mesmo na hipótese de Eduardo apoiar um outro candidato. “Queremos o apoio do PSB, de Eduardo.

Mas a nossa candidatura não nos pertence mais.

Como dizia o ex-governador Miguel Arraes, fizemos uma aliança com o povo”, filosofou o pré-candidato do PTB.

SÁTIRO Procurado à tarde por Alf, o ex-vice-prefeito e pré-candidato pelo PR, Manoel Sátiro, avisou que também não retira seu nome da disputa. “Acho muito cedo para fazer qualquer tipo de aliança agora.

Vamos esperar a posição do PSB, do governador Eduardo Campos”, disse.

Sátiro afirmou que irá acompanhar a decisão de Eduardo, mesmo que o governador se incline por uma candidatura apoiada pela prefeita Luciana Santos (PCdoB) - que tem no deputado federal Renildo Calheiros seu nome preferencial. “Não podemos tomar um rumo diferente de Eduardo”, defendeu.