Da Editoria de Política do JC Vetado pelo Planalto para ocupar a presidência da CPI mista dos Cartões Corporativos, o senador Jarbas Vasconcelos (PMDB) anunciou, ontem, que vai acompanhar de perto o trabalho da comissão, que investigará o uso do benefício por membros do governo federal.
Jarbas foi indicado pelo PSDB para presidir a CPI, mas declinou do cargo depois da forte resistência do seu partido, o PMDB.
Sem querer fazer nenhum tipo de juízo de valor, antecipadamente, Jarbas promete denunciar qualquer articulação que possa transformar a CPI em uma comissão chapa-branca. “Primeiro ela tem que ser instalada de imediato.
Não podemos esperar mais uma semana.
Se for chapa-branca, vamos denunciar.
Ficarei atento”, prometeu.
O senador recebeu de forma positiva a confirmação do nome da senadora Marisa Serrano para a Presidência. “Foi uma boa solução.
Ela teve um bom desempenho no Conselho de Ética nos episódios envolvendo Renan Calheiros”, lembrou, referindo-se aos processos contra o ex-presidente do Senado que abriu mão do cargo.
Os tucanos mostraram, ontem, que pelo menos na oposição Jarbas Vasconcelos tem muito prestígio.
O grupo o convidou, por duas vezes, para representá-lo na presidência da CPI dos Cartões.
Com a desistência dele, ontem, o PSDB ofereceu então uma cadeira de sua quota na comissão.
O peemedebista também recusou.
O ex-governador é de um outro partido, mas isso não inviabilizaria a indicação.
O Senado já registrou casos nos quais uma legenda tira um filiado para dá lugar a um parlamentar de outra sigla. “Sou do PMDB, estou na oposição desde que cheguei.
Não sou dissidente.
O PSDB pode fazer isso, mas não quero provocar nenhum tipo de problema”, enfatizou.