Do UOL Indicada pelo PSDB para presidir a CPI mista (com deputados e senadores) dos Cartões Corporativos, a senadora Marisa Serrano (MS) disse nesta quarta-feira que vai trabalhar para garantir isenção às investigações –uma vez que dividirá o comando da CPI com o deputado petista Luiz Sérgio (RJ).
Apesar de ser conhecida como fiel ao partido, a senadora disse estar disposta a investigar eventuais irregularidades cometidas no governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), além das denúncias que atingem o atual governo. “Claro que sou partidária, mas isso não quer dizer nunca que, aquilo que for ilícito, não será investigado.
Fica muito mais fácil investigar se você coloca a lei como baliza”, afirmou.
Serrano disse que vai discutir com Sérgio o cronograma de trabalhos da CPI.
Ao contrário do relator, que defende o início das apurações a partir de 1998 (na gestão de FHC), a senadora negou que tenha como prioridade investigar as denúncias de irregularidades no uso do cartão por integrantes do atual governo. “Eu sou a favor de toda investigação que for necessária.
Não conheço bem o relator, mas sei que é uma pessoa que vai se pautar pela seriedade.
Seria prematuro dizer por onde vamos começar”, desconversou.
A senadora admitiu, porém, que poderá haver disputa política na comissão, a exemplo do que ocorreu na escolha do comando da CPI. “Eu espero que não haja [PALANQUE], mas é evidente que cada parlamentar vai agir da forma que for melhor.
Independentemente de ser ano eleitoral, não acredito que isso vai mudar a condução dos trabalhos.” A expectativa da presidente da CPI é que a comissão seja instalada na semana que vem, com a indicação dos seus integrantes pelos partidos políticos