Nessa terça (26), em seminário sobre segurança realizado na sede da Associação Municipalista de Pernambuco (Amupe), o governador Eduardo Campos disse que vai redurzir ao mínimo o efetivo da PM em serviços internos nos quartéis. “Lugar de policial é na rua.
Do soldado ao coronel.
Eu vivo na rua, por que um coronel não pode ir?” “, afirmou (veja post mais abaixo).
A Associação dos Oficiais, Subtenentes e Sargentos da Polícia e do Corpo de Bombeiros Militar do Estado (AOSS) reagiu dizendo que a maior parte do efetivo já está nas ruas.
E foi adiante, dizendo que mudanças na corporação têm de ser “justas e dentro da lei, não com rompantes e quebra brusca de paradigmas ou da hierarquia e disciplina”.
Confira o texto, publicado no site da entidade. “Vou responder prezado governador: 1 - O senhor é político, seu cargo/mandato dura 04 (quatro) anos, o senhor tem mais é que estar nas ruas mesmo fazendo seu corpo a corpo e sua política, para garantir novos mandatos; 2 - Nossos Oficiais, Subtenentes e Sargentos são servidores concursados, que são submetidos a uma carreira em regime de dedicação exclusiva, com muitos deveres e poucos direitos e já estão nas ruas, confira as escalas de servço; 3 - Temos uma formação legal onde as atribuições são bem definidas, foi assim que fomos forjados, se a sociedade exige mudanças elas devem ser gradativas, justas e dentro da lei, não com rompantes e quebra brusca de paradigmas ou da hierarquia e disciplina; 4 - Os Oficiais, Subtenentes e Sargentos que são os gestores, fiscais ou administradores possuem o DIREITO de estarem nas ruas, realizando o papel e missão que lhes são confiadas: FISCALIZAR e APOIAR os subordinados, obviamente que também, quando necessário realizando os diversos tipos de Policiamento Ostensivo, como, aliás, sempre temos feito. 5 - Aos nossos companheiros e amigos Cabos e Soldados conclamo ao discurso da conciliação e diálogo, lembrando que os Oficiais, Subtenentes e Sargentos são responsáveis por: a) Formação dos servidores militares nos diversos cursos (CFSD, CFC, CFS, CHO, CFO etc.); b) Movimentação, Lotação e Classificação dos servidores; c) Apurações sumárias, sindicâncias, Inquéritos Policiais Militares e Técnicos; d) Elaboração de Atestado de Origem e Inquérito Sanitário de Origem; e) Conselho de Justificação e Disciplina; f) Aplicação de sanções disciplinares e/ou cancelamento destas; g) Elaboração das escalas de serviço e outras; h) Fiscalização dos efetivos de serviço ou não.
Poderíamos relacionar um sem número de atribuições nossas, mas nossos companheiros já conhecem.
Por fim, deixamos claro que não estamos resistindo em ir para as ruas, pois já estamos lá há muito tempo, como nosso efetivo é bem menos do que o dos praças e temos diversas missões, por vezes podemos não ser notados, mas estamos fazendo nossa obrigação e cumprindo nossa missão.
Vlademir Assis, presidente da AOSS”