O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Armando Monteiro Neto, disse que a reforma tributária que o governo deve encaminhar amanhã ao Congresso Nacional contém avanços importantes, mas não contempla a desoneração do crédito.

Segundo ele, os tributos que incidem sobre a intermediação financeira encarecem os empréstimos e representam um obstáculo à expansão da produção. “Um sistema tributário moderno deve desonerar o crédito e a intermediação financeira”, afirmou Monteiro Neto, depois da reunião em que o ministro da Fazenda, Guido Mantega, apresentou a reforma tributária a um grupo de cerca de 200 empresários.

O encontro teve a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e dos ministros Miguel Jorge, do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, e Paulo Bernardo, do Planejamento.

A proposta do governo terá o apoio dos industriais.

Monteiro Neto acredita que o momento é propício à reforma tributária e que a proposta do governo terá uma boa acolhida no Congresso. “O Brasil está crescendo e, com isso, fica mais fácil propor mudanças na área fiscal e tributária.

Também há uma ampla convergência da sociedade sobre os conceitos da proposta, e a necessidade do país promover a reforma tributária”, destacou o presidente da CNI.