Citando o personagem Hamlet, de Shakespeare, que dizia a frase “há algo de podre no reino da Dinamarca”, a deputada Terezinha Nunes ocupou a tribuna da Assembléia esta tarde cobrando explicações do Governo sobre a fuga de 50 presos do Cotel, em Abreu e Lima. “Pelo visto, como diria Hamlet, há algo de podre no reino do Cotel”, afirmou a deputada dizendo que “o estado de Pernambuco que há pouco tempo foi mal colocado no noticiário nacional por conta de um preso que fugiu do Cotel à luz do dia e saindo pela porta da frente, como foi filmado, agora passa um novo vexame por conta do mesmo presídio.

Desta vez foram 50 presos que, sem qualquer vigilância, simplesmente pularam o muro”.

A deputada historiou o que ouviu do coronel Isaac Viana Wanderley pela televisão: “ao invés de explicar porque a guarda do presídio deixou de comparecer ao trabalho às 9 horas e só às 13 horas a PM foi acionada, o coronel teve o desplante de culpar o Governo anterior, o que foi ridículo, pois a atual administração já tem um ano e dois meses de atuação”. “O que está acontecendo é que o atual Governo disse que os Guardas Especiais Temporários (GETs) poderiam ser dispensados e substituídos por PMs e agora está constando que não há policiais suficientes para fazer esta transição.

Quero ver como vai ser resolvido isso, sem que enfrentemos novos vexames nacionais", acrescentou.

Ela historiou 19 rebeliões e fugas que aconteceram no Estado desde que o governador Eduardo Campos assumiu o poder: “Temos que nos preocupar e, pelo visto, este problema não será resolvido tão cedo”, disse.

A deputada afirmou que “é preciso apurar direitinho o que está havendo no Cotel e punir os responsáveis.

As testemunhas disseram que os presos pularam os muros muito bem vestidos, o que demonstra que a fuga não foi de última hora.

Estava planejada”.