O secretário de Assuntos Jurídicos do Recife, Bruno Ariosto, defendeu nesta terça (26) a dispensa de licitação feita pela prefeitura para contratar os serviços de consultoria em gestão da Finatec - fundação ligada à Universidade de Brasília.

E assegurou que a tomada de preços realizada para a escolha da entidade obedeceu a procedimentos legais.

Na entrevista coletiva que o prefeito João Paulo concedeu no final da tarde, junto com cinco de seus secretários, para falar sobre o caso Finatec, coube a Ariosto a missão de justificar o contrato sob o ponto de vista técnico. “A lei de licitações, a 8666/93, em seus artigos 24 e 25, prevê que, cumpridos determinados critérios, há a possibilidade de contratar mediante dispensa ou inexigibilidade de licitação.

Foi o que a Prefeitura fez, absolutamente dentro da legalidade”, assegurou.

Ele também justificou que a tomada de preços, que deve ser feita obrigatoriamente antes da dispensa de licitação, foi regular - embora tenha sido contestada pelo TCE. “A lei prevê a necessidade de um levantamento de compatibilidade de preços, mas não diz onde fazer.

Fizemos uma sondagem a nível curricular da Finatec e até o presente momento não tem nada que desabone a conduta da empresa.

Pelo contrário, a relação dos clientes trazida pela Finatec levou a Prefeitura a chancelar o contrato”, disse.

Para ele, os preços cobrados pela fundação foram compatíveis com os serviços prestados.

A PCR pagou à Finatec cerca de R$ 19,8 milhões em três contratos para a modernização do modelo de gestão municipal.

A Finatec é a mesma fundação responsável pelo pagamento de R$ 470 mil para mobiliar com móveis de luxo o apartamento do reitor Timothy Mulholland, da Universidade de Brasília, já afastado.

No último final de semana, a revista Época trouxe mais informações sobre as relações da fundação com administrações petistas pelo País.

A cobertura completa sobre o caso você tem na edição do Jornal do Commercio desta quarta (27).

Mais detalhes também nos posts publicados ao longo do dia aqui no Blog. (Com Sérgio Montenegro, da editoria de Política do JC) PS: na área de artigos, o leitor pode ler as explicações oficiais da PCR sobre o caso.

Elas foram publicadas na íntegra, na segunda-feira.

O Blog de Jamildo foi o único a publicar o documento e em toda a sua extensão.

Só não vê quem não quer.