É profundamente lamentável, mas é a mais pura verdade.
Foi preciso que uma revista de circulação nacional citasse o Recife e o prefeito João Paulo, numa reportagem que centra carga em São Paulo e Marta Suplicy, para que as nossas autoridades tomassem consciência de que havia um assunto sério a ser tratado bem debaixo de suas barbas.
Após a reportagem deste final de semana, o TCE decidiu agilizar uma decisão, qualquer decisão, sobre a auditoria.
Aberta há quatro anos!
Desde o começo de 2006, pelo menos, o assunto já poderia ser julgado, pois já havia sido resolvido na área técnica, como provam os vários post que colocamos aqui hoje.
O Ministério Público do Estado também tem sua parcela de culpa, pois barrigou a questão.
A alegação da promotora Lucila Varejão, de que aguardava a auditoria do TCE, serve apenas de desculpa Mesmo o Jornal do Commercio, que fez os primeiros questionamentos, ainda em 2003, na editoria de Economia, tem sua parcela de culpa.
Pois abandonou o assunto.
Mesmo sendo o jornal mais combativo e vibrante do Estado, o JC, neste caso, abdicou do seu direito de cobrar efetividade de suas entidades de controle do dinheiro público.
Eu acho que é sinal dos tempos.
De como se dá pouca importância ao dinheiro público, nestes tempos modernos.
Mérito do jovem promotor do MP do DF, Ricardo Antônio de Souza, que investigou a fundo a fundação, depois de ter recebido denúncias dos professores federais que estavam insatisfeitos com o desvirtuamento da Fade local.
Quem se habilita?