Por João da Costa Recife, assim como todas as metrópoles do 3º mundo, é profundamente marcada pelas desigualdades econômicas, sociais e pela progressiva degradação ambiental.

Essas desigualdades foram aprofundadas principalmente na última década do século passado, com a hegemonia do modelo neoliberal.

Processo este que afetou sobremaneira as crianças, a juventude e as mulheres.

O caminho que propusemos para enfrentar essas desigualdades na cidade do Recife, a partir do início do governo João Paulo em 2001, está sendo compartilhado com a população, através de um projeto político vitorioso e aprovado pelos recifenses.

Governando para a cidade como um todo, mas priorizando a grande maioria mais pobre da cidade, caminhamos para consolidar um projeto de gestão baseado na prática democrática e focado nas mudanças sociais.

Para viabilizar esse projeto participamos de um campo de forças políticas, sociais e econômicas que hoje, além do Recife, está transformando o Estado de Pernambuco, com o governador Eduardo Campos, e o Brasil com o presidente Lula.

Esse projeto, democrático e popular, não se restringe a melhorar a vida das pessoas e recuperar o papel do Estado, como promotor de políticas públicas, minimizado pelo projeto neoliberal de Estado mínimo.

Vai mais longe: quer mudar a sociedade e a relação entre as pessoas, dando oportunidade aos que nunca tiveram e cidadania aos excluídos, que ainda são muitos.

Para uma cidade excluída radicalizamos a democracia.

Construímos o Orçamento Participativo, que hoje reúne 80 mil recifenses a cada ano para discutir as prioridades da cidade; realizamos diversas conferências; criamos conselhos e estabelecemos um diálogo permanente com a sociedade.

Para o Recife desigual optamos pela inversão de prioridades.

Realizamos um grande mapeamento das desigualdades na cidade – O Atlas da Exclusão Social, premiado pela ONU.

Programas como o Guarda-Chuva, Recife sem Palafitas, Saneamento Integrado, SAMU, Academia da Cidade, Aluno nos Trinques, são experiências exitosas da nossa gestão.

Além do desafio de combater as desigualdades, estamos preparando a cidade para uma nova realidade de desenvolvimento em função dos investimentos do Governo Federal em Pernambuco. É preciso pensar no Recife como parte integrante de uma Região Metropolitana, que tem problemas comuns e necessita de articulação entre os demais municípios para continuar consolidando uma posição de liderança no Nordeste.

Por isso são fundamentais as parcerias com o Governador Eduardo Campos e o Presidente Lula.

Investimos na mobilidade e acessibilidade, organizando fisicamente a cidade, criando assim, as condições para o seu desenvolvimento econômico e a justiça social.

A retirada do transporte clandestino, a inversão do trânsito em Boa Viagem, a paralela da Caxangá, o corredor Leste-Oeste, a Via Mangue e a construção das ciclo–faixas e ciclovias são ações que estruturam o presente e preparam o Recife para o Futuro.

Futuro este que desenhamos, ao propor o novo Plano Diretor do Recife em tramitação na Câmara de Vereadores.

A proposta apresentada reafirma o papel protagonista do Estado no Planejamento Urbano.

Nele, reposicionamos o papel do Recife como Centro da Região Metropolitana, e adotamos um modelo de organização territorial baseado na sustentabilidade urbana e ambiental.

A nossa experiência administrativa nos levou a conhecer o Recife e sua gente.

A cidade como um todo.

Com o nosso trabalho e a força do povo estamos preparados para os próximos desafios, que é de continuar construindo um Recife mais justo para todos.

PS: João da Costa é Secretário de Planejamento e Orçamento Participativo da Prefeitura do Recife, Deputado Estadual licenciado e pré-candidato a Prefeitura da Cidade do Recife.

PS2: O texto foi escrito originalmente e enviado em tinta vermelha.