Em meio às denúncias da Revista Época sobre irregularidades em contratos firmados pela Ficatec com prefeituras petistas - aí incluída a do Recife - vale lembrar o que disse o deputado federal Maurício Rands, líder do PT na Câmara Federal, sobre o modelo de gestão da administratação João Paulo.
Há pouco mais de um mês, ainda quando tentava se viabilizar como candidato do PT à prefeitura do Recife, Rands criticou o “padrão gerencial” da atual administração, classificando-o como defasado.
E é justamente a melhoria do modelo de gestão que a prefeitura aponta em sua nota de esclarecimento (leia aqui) para justificar o contrato no valor de R$ 19,8 milhões firmado com a Finatec entre 2002 e 2005. “Recife não pode ser eternamente comparado com o Recife de dez anos atrás.
Estamos muito atrás em padrão gerencial.
Quando vejo exemplos de gestões melhores, penso que devemos brigar menos.
Ficamos muito na briga de nomes", avaliou Rands no dia 15 de janeiro, em entrevista a uma rádio do Recife. “Temos que nos preocupar mais com a melhoria do padrão gerencial da administração pública.
Melhoramos, mas falta muito”, declarou o deputado, no dia 17, nas páginas do Jornal do Commercio.
Disse mais: “A gente tem que ter a capacidade de fazer autocrítica e identificar onde errou para poder melhorar.
Não é só ficar falando em continuidade.
Temos sim que continuar as coisas boas, mas é preciso saber onde vai avançar.
Temos que olhar para o futuro”, disparou.
As declarações do deputado, que foi secretário de Assuntos Jurídicos da PCR no primeiro mandato de João Paulo, deixaram o prefeito tão contrariado que ele decidiu encerrar as negociações com a Unidade na Luta (grupo de Rands e Humberto Costa), fechando questão em torno do nome de João da Costa como candidato do partido.
Mais, em instantes.