A assessoria da PCR teve o cuidado de não enviar explicações ao Blog.

No entanto, na minha opinião, que não conta em nada, é claro, por mais que eventualmente apresente-se qualquer resultado positivo na conta do trabalho da Finatec, nada pode corrigir o erro de origem, que foi a contratação sem licitação da consultoria.

O serviço não poderia ser feito por uma empresa local?

Por um preço mais em conta?

Porque logo ela?

Como não houve concorrência pública, não se pode saber se outra empresa local ou nacional poderia oferecer melhor serviço por um melhor preço. É profundamente lamentável que nunca a PCR tenha dado explicações mais aprofundadas, sequer o valor dos contratos, mesmo insistentemente cobrados por reportagens do JC na época.

Agora, de forma arrogante, a PCR passa a dizer que houve transparência e que sua resposta é defintiva.

Não é.

Mais: como ocorre com o governo federal, na atual gestão, tenta passar a impressão que pesquisa de opinião favorável é detergente multiuso, em caso de haver qualquer sujeira debaixo do tapete.

Assim, como se imaginava desde o início, agora é que são mais evidentes as suspeitas de que houve beneficiamento a terceiros, de forma indevida.

Neste caso, a PCR não sequer o direito de dizer que foi enganada pelas engrenagens misterioras do mundo acadêmico e suas fundações.

Ao saber que o petista Luís Antônio Lima, dono da empresa Intercorp, havia sido subcontratado pela Finatec, por dever ético, deveria declarar nulo imediatamente o contrato.

De acordo com o regimento da própria fundação, ela não poderia subcontratar terceiros.

A presença do companheiro consultor só prova que a dispensa foi uma burla à lei de licitações.

Isto ainda é crime no papel.

Na reportagem de Época, o promotor público Ricardo Souza, responsável pela investigação, é bem claro ao afirmar que a Finatec não poderia ter subcontratado as empresas de Lima. “Causou-me espanto.

Há uma recomendação expressa para que as fundações não façam subcontratações”, diz Souza. “Por que essas empresas foram escolhidas para gerir contratos milionários?

Houve um claro direcionamento.”